Atos 3
3.1 — Subiam juntos ao templo
.Os discípulos de Jesus continuaram a seguir as tradições judaicas. O serviço de oração era acompanhado de dois sacrifícios diários: um pela manhã e outro à tarde. A nona é uma referência à hora, três horas da tarde.
.Os discípulos de Jesus continuaram a seguir as tradições judaicas. O serviço de oração era acompanhado de dois sacrifícios diários: um pela manhã e outro à tarde. A nona é uma referência à hora, três horas da tarde.
3.2,3 — O coxo foi trazido para perto da porta chamada Formosa. Essa porta servia para dar acesso ao pátio das mulheres, no interior do tempio, tendo ao lado de fora o pátio dos gentios. Esse pórtico era como uma porta frontal do próprio templo. A porta Formosa era um lugar ideal para o coxo mendigar. Os que ignoravam os pedidos dele podiam ter dificuldades em adorar a Deus pelo sentimento de culpa em recusar ajuda a uma pessoa tão necessitada. Além disso, enquanto as pessoas deixavam o templo, elas estavam mais propícias a dar alguma ajuda a alguém.
3.4,5 — Olha para nós. Era importante fazer com que o homem prestasse atenção, pois o que ele iria receber era mais importante do que uma mão estendida (Mc 10.51).
3.6 — Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. Os apóstolos indicaram imediatamente que eles não representavam a si mesmos naquilo que estavam prestes a fazer, pois estavam representando a Jesus Cristo. Por causa do nome de Cristo, o mendigo receberia o milagre de Deus. A frase no nome de Jesus não era uma fórmula mágica usada para dar alguma garantia à oração. O nome da pessoa representava a autoridade e a influência dela. O poder do nome de Jesus é proveniente do que o Espírito Santo está por fazer por causa desse nome. Observe que Pedro e João não colocaram suas mãos no mendigo e oraram para que Deus o curasse, mas, imbuídos do poder de Deus para realizar sinais e maravilhas, apenas disseram a ele: levanta-te e anda.
3.7,8 — Seus pés e tornozelos se firmaram. Lucas, um médico por profissão, descreveu o que acontecera. Instantaneamente foi concedida força às partes do corpo que precisavam de restauração. O suprimento sanguíneo foi estendido aos músculos. O cérebro enviou sinais para os nervos dos pés e tornozelos. O fluído necessário às articulações nas juntas foi restaurado, e os músculos e ligamentos atrofiados ganharam flexibilidade. Os pés repentinamente suportavam o peso do homem.
3.9 — E todo o povo o viu andar e louvar a Deus. A opinião pública foi um fator importante na decisão dos líderes, tanto na condenação de Jesus (Mt 27.24) como no tratamento que dispensavam aos apóstolos (At 4.16,17).
3.10 — E conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola. Dia após dia, o povo via o mendigo, talvez durante muitos anos. A cura dele não poderia ser uma encenação. Quando o mendigo ficou de pé e andou, a única explicação razoável para o fato foi que Deus o havia curado.
3.11,12 — Todo o povo correu atônito para junto deles. O povo estava seguindo os apóstolos, mas eles imediatamente deram toda a glória a Jesus.
3.13-16 — Glorificou a seu Filho Jesus. A referência de Pedro ao Filho é proveniente da leitura da passagem do servo sofredor de Isaías 52.13, um salmo messiânico. Jesus pode ser considerado o servo de Deus porque deu a Sua vida como oferta para o pagamento da dívida dos pecados de toda a humanidade.
Pai levantou Jesus dentre os mortos como uma confirmação de que aceitara o sacrifício do Filho. Pedro disse que a cura do mendigo era um sinal da glorificação de Cristo. O povo entregou Jesus a Pilatos para ser crucificado. Ainda assim, Deus levantou dentre os mortos o Jesus crucificado. E foi no nome desse mesmo Jesus que o homem coxo fora curado.
3.17,18 — Mas Deus assim cumpriu o que já dantes [...] havia anunciado. Em seu sermão (At 2), Pedro coloca em pé de igualdade a responsabilidade humana tanto dos judeus como dos romanos com relação ao plano eterno de Deus.
3.19,20 — Venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. A palavra traduzida por refrigério refere-se à restauração da força e do vigor. A força é restaurada quando a esperança é restaurada. Pedro desafiou seus ouvintes a arrepender-se e a converter-se, a mudar o pensamento acerca de Jesus, considerando-o Messias, e a servir a Ele.
3.21 — A restauração pode ser uma alusão ao esperado governo do Messias quando Ele retornar (At 1.11; At 17.31).
3.22,23 — Os líderes judeus esperavam o cumprimento da predição feita em Deuteronômio 18.15 (Jo 1.21,22). Pedro anunciou esse cumprimento e identificou Jesus como o profeta predito por Moisés.
3.24-26 — Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais. Esses judeus eram os primeiros receptores das bênçãos prometidas a Abraão, prenunciadas pelos profetas e cumpridas em Jesus. Todas as famílias da terra. Nós também estamos incluídos na bênção da purificação da iniquidade, pois esse era o propósito de Deus ao enviar Jesus.
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