sábado, 18 de novembro de 2017

Significado de Apocalipse 22





Apocalipse 22

22.1 — O rio fluindo com a água da vida lembra a água saindo do templo, em Ezequiel 47, assim como a expressão rios de água viva (Jo 7.38), usada por Jesus, simboliza o ministério da nova aliança
pelo Espírito Santo (v.39).

22.2 — A árvore da vida na criação original ficava no meio do jardim do Éden (Gn 2.9), de onde toda a humanidade foi excluída depois que o pecado entrou no mundo (Gn 3.22-24). A visão apocalíptica de Ezequiel incluía árvores dando fruto a cada mês com folhas medicinais (Ez 47.12). Como apenas uma árvore da vida é mencionada aqui — embora seja nas duas margens do rio —, é possível que seja um paralelo com Gênesis 2, indicando que um novo, melhor e eterno Éden chegou.

22.3 — Nunca mais haverá maldição significa que a aflição do pecado, principalmente em relação à raça humana e à criação (Gn 3.14-19), será eliminada. Como Deus tinha comunhão com Adão e Eva antes de que eles caíssem em pecado (v.8), assim o Senhor estará novamente com os Seus servos eternamente. Por sua vez, estes servirão a Ele com dedicação (Rm 12.11).

22.4 — A esperança do crente hoje é ver o Senhor face a face (1 Co 13.12), algo que nem Moisés ou qualquer outro ser humano jamais teve permissão para fazer (Ex 33.20). Na sua testa estará o seu nome é um contraste com a marca da besta (Ap 13,16,17) e o cumprimento da promessa aos crentes fiéis da igreja da Filadélfia (Ap 3.12). A descrição pode ser extensiva às 144 mil testemunhas em Apocalipse 14.1.

22.5 — Não haverá mais noite [...] nem lâmpada cumpre a proclamação de Cristo sobre Ele mesmo como a Luz do mundo (Jo 8.12; 9.5; 12.46). Os habitantes eternos da Nova Jerusalém (Ap 21.27) reinarão para todo o sempre com o Senhor, como indicado em Apocalipse 1.6 e declarado em Daniel 7.18,27.

22.6,7 — As visões em Apocalipse são para informar aos servos de Deus, crentes verdadeiros que servirão e reinarão com o Senhor eternamente (v.3-5), as coisas que, em breve, hão de acontecer. Bem-aventurado introduz a sexta das sete bem-aventuranças no Apocalipse (v. 14; 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6).

22.8,9 — João quase adora um anjo (Ap 19.10). Novamente, o anjo lembra João de que ele é apenas um conservo dele e o adverte a adorar apenas a Deus.

22.10 — Anteriormente, João foi ordenado a selar (isto é, não escrever) o pronunciamento dos sete trovões, em Apocalipse 10.4, como Daniel havia sido instruído a fazer (Dn 12.4,9). A razão pela qual João agora é ordenado a selar o livro é porque o tempo para o seu cumprimento, possivelmente, está muito próximo.

22.11 — Injusto e sujo; justo e santo. Esse versículo, superficialmente, parece ser uma previsão de que crentes e descrentes viverão sua vida fiel às suas naturezas até o julgamento final (Ap 20.12-15). No entanto, é quase certo um apelo evangelístico implícito e indireto com base na oferta contínua do evangelho em Apocalipse 22.17 e 14.6,7.

22.12,13 — A recompensa de cada crente de acordo com as suas obras é ensinada em 2 Coríntios 5.10. As recompensas de Cristo têm o propósito de fornecer um incentivo poderoso para uma vida de obediência. Não é de se admirar que o apóstolo Paulo disciplinasse rigorosamente a si mesmo de forma que não fosse desqualificado para a recompensa de reinar com Jesus (1 Co 9.24-27). O tribunal de Cristo pode ser um momento de grande remorso, ou pode ser uma ocasião de alegria extrema (2 Co 5.9-11). Depois da volta de Cristo, Ele dará recompensas aos seus. Isso é confiável porque Jesus está no controle de toda a história e da eternidade.

22.14.15 — A expressão bem-aventurados introduz a última das sete bem-aventuranças no Apocalipse (v.7; 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6). Como a árvore da vida é literal, mas também é vista de modo figurado (Pv 3.18; 11.30; 13.12; 15.4), sugere uma qualidade de vida envolvendo uma comunhão íntima com Jesus Cristo, firmada em uma obediência persistente.

Esse pode ser um cumprimento da provisão de Cristo de vida e vida mais abundante (Jo 10.10). Como ninguém pode entrar na cidade pelas portas, a não ser que seu nome esteja escrito no Livro da Vida do Cordeiro (Ap 21.27), essa bem-aventurança está falando daqueles justificados pela fé que expressam essa fé em obediência (Ef 2.8-10). O vencedor obediente tem a promessa de receber a recompensa de entrar na Nova Jerusalém pelas portas da cidade, provavelmente um privilégio reservado para aqueles que compartilham do cortejo da vitória do Senhor.

22.15 — A expressão cães era comum usada pelos j udeus para se referir aos gentios (Mt 15.26); aqui, no entanto, parece referir-se aos falsos mestres (Fp 3.2). Quem ama e comete a mentira demonstra ter uma vida dominada pela falsidade (Ap 21.8).

22.16 — A Raiz e a Geração de Davi. Jesus é tanto a Origem quanto o Filho de Davi, repetindo a palavra em Isaías 11.1,10. Jesus é maior do que Davi e o justo herdeiro do trono dele. A resplandecente Estrela da manhã significa que, para o cristão, Jesus é a confortante Luz em um mundo escuro até o amanhecer de Sua volta (Ap 2.28).

22.17 — Esse convite feito pelo Espírito Santo permanece em aberto para que qualquer um venha a Cristo, pela fé, e aceite a graciosa oferta de vida eterna do Senhor.

22.18,19 — O Apocalipse foi revelado para ser ouvido e obedecido (v.7; 1.3), e não adulterado. A pessoa que acrescentar ou tirar alguma coisa de seu conteúdo receberá de Deus a mais grave punição, uma correção com consequências eternas. Esse assustador aviso é mais forte até do que o de Deuteronômio 4-2 e Provérbios 30.6.

22.20 — O fato de Jesus estar voltando cedo, dentro da extensão do plano global de Deus para esta criação, é um tema que se repete no Apocalipse (3.11; 22.7,12). João acrescenta a esperança de todos os crentes à declaração de Cristo, orando: Vem, Senhor Jesus.

22.21 — A graça de nosso Senhor Jesus Cristo inicia e conclui o livro do Apocalipse (Ap 1.4), indicando que a mensagem da graça e do dom da vida eterna em Cristo (Ef 2.8,9) — não apenas a mensagem de juízo sobre os infiéis — pode ser encontrada nesse livro.

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